(Joanna de Ângelis)
Reclamas o peso do fardo moral sobre os teus ombros frágeis, olvidando-te de que Deus
não sobrecarrega a ninguém em demasia. Sempre confere os sofrimentos necessários
de acordo com as resistências de que cada qual dispõe. Identificas dificuldades onde se
manifestam oportunidades de crescimento interior, porque te encontras fatigado
pelos testemunhos constantes, esquecendo-te de que a árvore cresce silenciosamente
embora tombe com grande ruído.
Acreditas-te vítima de ocorrências desgastantes e contínuas, quando, em realidade,
representam condições para o teu avanço espiritual, desde que te candidataste
ao empreendimento iluminativo.
O indivíduo comum, que prefere avançar perdido na massa, na futilidade, desempenhando
o papel do imediatista e aproveitador, não enfrenta esse tipo de desafios, nada obstante,
experimenta outros conflitos perturbadores, porque ninguém se encontra na
Terra em caráter de exceção, como quem realiza uma agradável jornada ao país da fantasia.
Aquele que se ilude com a existência terrena igualmente desperta, cedo ou tarde,
sendo convocado aos enfrentamentos do processo da evolução. Desse modo, acumula
experiências libertadoras através dos aparentes insucessos e dos contínuos
tributos de luta e de compreensão à existência corporal.
Para onde olhes defrontarás intérminas batalhas pela sobrevivência,
pela afirmação dos valores mais nobres, mesmo que nas rudes refregas do instinto
em crescimento para a razão.
Tudo é renovação contínua, que decorre dos impositivos da evolução.
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